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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Desencanto: o Pé que Erra o Passo

Quando eu estive no seu lugar eu também não desconfiei. Aceitei como boa vontade os conselhos que me eram quase que impostos, acreditando que aquilo era mesmo espiritualidade. Esse quê de exclusividade que nosso ego aprecia e nem nos damos conta. A gente tem essa mania de querer deixar de enxergar as pontas soltas daquilo que nos encanta, e talvez a palavra seja essa mesmo: encantamento. Um deslumbre sutil reforçado por palavras enfeitadas que dizem muito nas entrelinhas, indiretas certeiras que dardejam o dissonante. O problema do encanto é que, tal como a confiança, uma vez estilhaçado nunca se recompõe pleno. São os cacos de um espelho que se perdem entre o assoalho e faz do que era uma superfície límpida fractais diversos. Mas, assim como frente ao espelho raramente nos confrontamos de verdade, também nunca imaginamos que essas situações podem ocorrer conosco. Aliás, preferimos desacreditar e não pensar muito no assunto, como fazemos com quase tudo que nos tira da nossa zo

Chá de Sumiço

Saí para comprar cigarro e nunca mais voltei. E olha que eu nem fumo.

A Crítica Condescendente

  A formação de um bom crítico não vem da mordacidade de suas palavras ao se deparar com uma obra inferior, mas da condescendência que ele é capaz de prestar a um título singular quando a miopia dos demais não o poderia enxergar.

Amargo

Amargo é o que sente pouco. É aquele café que se tivesse um pouco mais de água estaria no ponto. Mas não, economiza-se no amar.